segunda-feira, 3 de junho de 2024

Análise da temporada: Volendam

O Volendam de Damon Mirani sofreu desde o começo. Esforçou-se para tentar escapar de seu destino. Mas no fim, sempre dava errado. E o rebaixamento foi inevitável (Gerrit van Keulen/ANP/Getty Images)

Colocação final: 17º colocado, com 19 pontos (4 vitórias, 7 empates e 23 derrotas - rebaixado diretamente)
No turno havia sido: 17º lugar, com 11 pontos (na frente pelo maior número de gols pró)
Time-base: Mio Backhaus; Plat (Buur), Mirani, Benamar e Flint (Cox); Twigt, De Haan e Le Roux (Maulun); Booth (Semedo), Mühren e Ould-Chikh (Johnson)
Técnicos: Matthias Kohler (até a 14ª rodada), Michael Dingsdag (interino, na 15ª, 16ª e 33ª rodadas) e Regillio Simons (a partir da 17ª rodada)  
Maior vitória: Volendam 3x1 Excelsior (10ª rodada)
Maior derrota: Twente 7x2 Volendam (33ª rodada)
Principal jogador: Robert Mühren (atacante) 
Artilheiro: Robert Mühren (atacante), com 8 gols  
Quem deu mais passes para gol: Bilal Ould-Chikh (atacante), com 7 passes
Quem mais partidas jogou: Damon Mirani (zagueiro), que jogou todas as 34 partidas
Copa nacional: eliminado pelo Excelsior Maassluis (terceira divisão), na primeira fase
Competições continentais: nenhuma

Desde o começo da temporada 2023/24 do Campeonato Holandês, ficava claro que o Volendam teria muitas dificuldades de escapar do rebaixamento. Dentro de campo, só duas vitórias e um empate nas primeiras dez rodadas. Fora dele, a briga entre a diretoria de futebol e a diretoria geral rendeu a saída coletiva da primeira - o que incluiu a saída do técnico Matthias Kohler. E ser eliminado por um clube amador logo na primeira fase da Copa da Holanda não colaborou muito para melhorar a situação. O pior é que esforço não faltava. Nem do time, nem do técnico. Do primeiro lado, o goleiro nipoalemão Mio Backhaus até fazia boas defesas, a defesa bloqueava espaços, mas as derrotas invariavelmente vinham (foi bem assim contra o Feyenoord, na 15ª rodada, quando o time segurava empate em 1 a 1, em De Kuip, até tomar o 3 a 1 nos acréscimos). Do segundo, Regillio Simons - para informar, pai de Xavi Simons - tentava alterar o ataque, tentava variar o esquema (com dois ou três zagueiros)... e nada.

Continuou sendo nada no returno. O time só foi vencer de novo na 29ª rodada, num jogo que era até contra adversário direto contra o rebaixamento (3 a 2 no RKC Waalwijk). Porém, até ali, já tinham sido seis derrotas e três empates - um dos quais, aliás, praticamente decidiu o título, já que foi contra o Feyenoord (0 a 0, 28ª rodada), permitindo que o PSV consolidasse a vantagem que já tinha. Com essa sequência de um empate e uma vitória, o Volendam chegou a ter um pouco mais de esperança de empatar. Ainda mais porque o Vitesse foi vitimado pela punição da federação, perdendo pontos e caindo para a lanterna. Porém, a realidade logo se impôs: nas últimas cinco rodadas, cinco derrotas. Rebaixamento direto confirmado, com um 4 a 1 sofrido em casa para o Ajax (31ª rodada). E a incapacidade de mudar a situação expressa nos dois jogos finais da temporada. Contra o Twente, fora de casa, na penúltima rodada, a "Outra Laranja" até teve a vantagem duas vezes - 1 a 0 e 2 a 1 -, mas não só tomou a virada, como viu o Twente disparar para a goleada por 7 a 2. E contra o Go Ahead Eagles, em casa, na rodada derradeira, os Volendammers tiveram uma estreia boa (o goleiro Kayne van Oevelen), seguraram o empate... mas no fim, viram os visitantes de Deventer fazerem 2 a 1. É isso: o Volendam se esforçava. Mas tendo quase todos os piores desempenhos - pior mandante, pior visitante, pior no turno e no returno, defesa mais vazada -, nunca teve condições de evitar seu destino final: a queda, após dois anos de Eredivisie.

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