Quase sempre, Berghuis chamou a responsabilidade no Feyenoord - e muitas vezes isso foi necessário, diante de uma temporada problemática do Stadionclub (Yannick Verhoeven/BSR Agency/Getty Images) |
Colocação final: 5º lugar, com 59 pontos - vencedor da repescagem por vaga na Conference League
No turno havia sido: 3º colocado, com 29 pontos (na frente pelo melhor saldo de gols)
Time-base: Bijlow (Marsman); Geertruida, Eric Botteghin, Senesi e Malacia; Toornstra, Fer e Kökcü (Diemers); Berghuis, Linssen (Jorgensen) e Sinisterra
Técnico: Dick Advocaat
Maior vitória: Feyenoord 6x0 VVV-Venlo (25ª rodada)
Maiores derrotas: Heerenveen 3x0 Feyenoord (19ª rodada) e Feyenoord 0x3 Ajax (32ª rodada)
Principal jogador: Steven Berghuis (atacante)
Artilheiro: Steven Berghuis (atacante), com 17 gols
Quem deu mais passes para gol: Steven Berghuis (atacante), com 11 passes
Quem mais partidas jogou: Marcos Senesi (zagueiro), com 34 partidas - 32 partidas pela temporada regular, mais as duas da repescagem pela Conference League
Copa nacional: eliminado nas quartas de final, pelo Heerenveen
Competições continentais: Liga Europa (eliminado na fase de grupos)
Hoje é até difícil que alguém se lembre disso: o Feyenoord passou 2020 quase inteiro sem perder jogos pelo Campeonato Holandês. Vinha reagindo firmemente em 2019/20, já tendo perspectivas leves de entrar na disputa pelo título... até que chegou a pandemia e deixou essa história sem fim. Em 2020/21, o Stadionclub começou a Eredivisie igualmente sem derrotas. Só que a torcida estava preocupada: o time não brilhava, a desconfiança era demasiada sobre nomes como Bryan Linssen e Mark Diemers (mesmo que eles marcassem gols aqui e ali), era visível a dependência do que Steven Berghuis fazia ou deixasse de fazer em campo, e os adversários eram frágeis, na maioria das vezes. A pergunta seguia martelando: como o Feyenoord se daria, enfrentando os adversários mais fortes no campeonato? Já no fim de 2020, o Vitesse impôs a primeira derrota do time pelo Holandês no ano (1 a 0, 13ª rodada). E deixou um formigueiro atrás da orelha de qualquer integrante de Het Legioen, a fanática torcida. As primeiras rodadas disputadas em 2021 deram a resposta que os adeptos não queriam ouvir: não, o Feyenoord não poderia sonhar com o título. Pegou o arquirrival Ajax no Klassieker: perdeu (1 a 0, 17ª rodada). Já na rodada seguinte, perdeu para outro concorrente, o AZ, em pleno De Kuip (3 a 2 - e o AZ ainda faria 4 a 2, na 24ª rodada). Só o PSV deu um "respiro": o Feyenoord venceu em Roterdã (3 a 1, na 20ª rodada) e empatou em Eindhoven (1 a 1, 26ª rodada). Ainda assim, derrotas como o 3 a 0 para o Heerenveen (3 a 0, na 19ª rodada) abalaram definitivamente o otimismo.
Havia pontos positivos, sim. Tanto Justin Bijlow quanto Nick Marsman, se alternando no gol por contusões, ofereciam segurança; Marcos Senesi se revelou contratação acertada e promissora na defesa; Jens Toornstra era um confiável meio-campista; Luis Sinisterra ajudava no ataque; e Steven Berghuis dispensava explicações sobre sua importância. Só que os pontos negativos eram maiores - negócios inexplicáveis (Lucas Pratto veio emprestado e mal jogou), a queda de produção de nomes como Nicolai Jorgensen e Leroy Fer, a falta de criatividade de Dick Advocaat no comando, o revés vexatório na Copa da Holanda - vencendo o Heerenveen por 3 a 1, permitiu a virada nos dez minutos finais. Pior, muito pior, foi ver o Feyenoord caindo à medida que as últimas rodadas chegavam: nas últimas cinco rodadas, atuações apáticas, derrotas até para o lanterna ADO Den Haag, e só uma vitória. E o time teria de disputar os play-offs por vaga na Conference League. Pelo menos aí, o perigo de vexame foi afastado: duas vitórias, e vaga assegurada na competição europeia. Foi um fim mais honroso para Dick Advocaat no clube, mais condizente com a grandeza que o Feyenoord tem. Ainda assim, o alívio no encerramento da temporada não esconde: as coisas precisam mudar, e muito, em De Kuip. O técnico já mudará: vem aí Arne Slot. Outros nomes sairão: Eric Botteghin, Senesi (talvez), Berghuis (talvez). É esperar para ver quais serão as outras alterações.
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