O trabalho da Holanda rumo à Euro já começou. Com opções novas entre os 26 convocados. E opções antigas que poderão ser vistas no estilo de jogo (Pro Shots) |
A pandemia de COVID-19 evitou que isso acontecesse em 2020. Ela ainda está aí, mas já permite certas coisas. Por exemplo, a realização de uma Euro. Então, chegou a hora: após seis anos que viraram sete, a seleção masculina da Holanda está de volta a uma grande competição. Os preparativos já começaram nesta semana, com os treinamentos envolvendo 14 jogadores, no centro da federação, na cidade de Zeist. E a Laranja começará a disputar o torneio continental sob dúvidas que eram inesperadas no cenário pré-pandemia. Para tentar responder essas dúvidas, os sinais dados indicam tanto para o futuro quanto para o passado.
No que se refere ao futuro, o técnico Frank de Boer deu uma piscadela para a nova geração de jogadores - também envolvida com coisa importante: o mata-mata da Euro sub-21, começando na próxima segunda, com duelo contra a forte seleção da França, pelas quartas de final. Alguns nomes da Laranja Jovem foram incluídos na lista preliminar, mas se esperava o corte de alguns deles, em detrimento de veteranos frequentes nas convocações desde Ronald Koeman, como Ryan Babel. Que nada: Babel já ficou fora da lista preliminar, e não só Teun Koopmeiners (já com alguns minutos pela seleção adulta) estará na Euro, como estão na lista dos 26 convocados Cody Gakpo e Jurriën Timber, nomes que nunca haviam passado perto da Laranja principal. Nunca. Nem mesmo haviam sido convocados. Talvez tenha ocorrido pela versatilidade, como De Boer explicou na entrevista coletiva: "Jurriën [Timber] foi muito bem na temporada, mostrou versatilidade".
Entretanto, alguns sinais indicam que a Holanda terá opções usadas no passado para tentar ter vida longa na Euro. Por exemplo, os sinais fortes de que Frank de Boer pode até escalar a Laranja no 5-3-2, para proteger mais a defesa - a mesma coisa que Louis van Gaal fez na Copa de 2014, tendo êxito com o elogiável 3º lugar naquele torneio. Até lógico, se pensando na falta que Virgil van Dijk previsivelmente fará na seleção. Até elogiável, quando se pensa que um dos bons momentos dos neerlandeses com Frank de Boer foi o 1 a 1 contra a Itália, na Liga das Nações, em Bérgamo, também com cinco homens na defesa. Mas surpreendente, quando se pensa que De Boer é um técnico que prefere a manutenção da posse de bola.
Claro, há nomes que permitem pensar numa boa campanha: Frenkie de Jong, Georginio Wijnaldum, Memphis Depay. Nada que faça frente aos grandes favoritos, talvez seja insuficiente para chegar às semifinais (como deseja a federação - Frank de Boer fala até em "buscar o título"), mas a Holanda está de volta. Para o futuro, que pode ser feliz, ou para o passado turbulento nos últimos anos, como se desconfia? Respostas a serem dadas a partir do dia 13 de junho, domingo, quando a bola rolará contra a Ucrânia, na Johan Cruyff Arena.
Os 26 convocados da Holanda (clique nos nomes e saiba mais sobre eles)
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