O ex-zagueiro tem larga experiência, dentro e fora de campo. Dentro, teve carreira de êxito: ídolo de Sparta Rotterdam e Ajax, foi um dos únicos holandeses a vencer todos os torneios europeus de clubes como jogador. Entretanto, fora, sua faceta como treinador nunca embalou: mais pelo respaldo interno do que pela capacidade, o pai de Daley só comandou Ajax, entre 2005 e 2006, e a própria seleção, entre 2015 e 2017, sem conseguir mudar muito uma péssima fase que a Laranja vivia. Ainda assim, Blind é homem de confiança de Louis van Gaal, desde os tempos de jogador. Em campo, era o capitão do Ajax campeoníssimo dos anos 1990 que o técnico comandou. No banco, foi o auxiliar dele na Copa de 2014. E tão logo se confirmou o retorno de Louis, ele foi nome confirmado de primeira hora na comissão técnica. Também deixará a seleção após a Copa - muito provavelmente, para voltar a ser diretor de futebol do Ajax, clube ao qual sempre esteve vinculado, de um jeito ou de outro.
Como jogador, o "Pitbull" dispensa maiores comentários. Foi dos melhores volantes de sua geração (anos 1990/2000), combativo na marcação e capacitado na saída de bola, com bons serviços prestados a muitos grandes clubes - o Ajax em que surgiu, Juventus, Barcelona, Internazionale (nem tanto no Milan, outro gigante em que jogou). Aliás, sua experiência como técnico se iniciou ainda jogando: em 2012, após um período de inatividade, Davids retornou aos campos como "jogador-treinador" do Barnet, da terceira divisão inglesa. Jogando com o número 1 na camisa, lá ficou até 2014. E sua carreira incipiente entrou em hibernação... até 2020, quando ele voltou a uma comissão técnica, trabalhando no Telstar, da segunda divisão da Holanda (Países Baixos). No ano seguinte, a primeira experiência para valer: foram seis meses no Olhanense, de Portugal. Depois, estava à disposição. E a seleção masculina da Holanda precisava de um auxiliar, após Henk Fräser decidir comandar o Utrecht. Quem poderia ser melhor do que um jogador tão referencial para o grupo de hoje? E Davids estará ao lado de Van Gaal no banco de reservas. Com um óculos mais social do que o modelo esportivo que o tornou famoso como jogador, usado para minimizar efeitos de um glaucoma.
TREINADOR DE GOLEIROS
Mais do que Louis van Gaal, foi Frans Hoek o responsável pela célebre alteração de Jasper Cillessen por Tim Krul nas quartas de final da Copa de 2018. Goleiro que passou toda a carreira (1973 a 1985) no Volendam, Hoek começou a treinar arqueiros em 1986, convidado por Johan Cruyff para entrar na comissão técnica do Ajax. A partir dali, começou a desenvolver o que ficou conhecido como "Método Hoek", buscando integrar a posição ao jeito de jogar do clube em que ele estava. O trabalho feito na comissão de Van Gaal dentro do Ajax, ajudando Edwin van der Sar a se desenvolver no gol (com as mãos e os pés), começou a catapultar Hoek rumo ao posto de um dos mais prestigiados treinadores de goleiros do mundo, até hoje prestando clínicas e palestras sobre a posição, além de aconselhar outros treinadores da posição. Além disso, Van Gaal ganhou em Hoek mais um "homem de confiança": trabalharam juntos em Ajax, Barcelona (Hoek também foi decisivo na evolução de Victor Valdés), Bayern de Munique, nas duas passagens de Louis pela seleção holandesa. Quando ele foi convidado pela terceira vez para comandar a Laranja, já sabia de antemão qual seria seu treinador de goleiros.
DEMAIS INTEGRANTES
Jan Kluitenberg e Martin Cruijff - preparadores físicos
Fernando Arrabal - diretor de organização da delegação
David van Maurik - cientista do esporte
Ricardo de Sanders, Gert-Jan Goudswaard e Luc van Agt - fisioterapeutas
Edwin Goedhart e Rien Heijboer - médicos
Rob Koster - massagista
Cees Lok, Gert Aandewiel e Dennis Demmers - analistas de desempenho
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