Junto a seus filhos, Van Persie se despede: um raro momento de honra, numa temporada decepcionante do Feyenoord (VI Images) |
Colocação final: 3º colocado, com 65 pontos
No turno havia sido: 3º colocado, com 36 pontos
Time-base: Vermeer (Bijlow); St. Juste, Van Beek (Eric Botteghin), Van der Heijden e Malacia (Haps); Toornstra, Clasie e Vilhena; Berghuis, Van Persie (Jorgensen) e Larsson
Técnico: Giovanni van Bronckhorst
Maior vitória: Feyenoord 6x2 Ajax (19ª rodada)
Maior derrota: Ajax 3x0 Feyenoord (10ª rodada)
Principais jogadores: Steven Berghuis (atacante) e Robin van Persie (atacante)
Artilheiro: Robin van Persie (atacante), com 16 gols
Quem deu mais passes para gol: Steven Berghuis (atacante), com 12 passes para gol
Quem deu mais passes para gol: Steven Berghuis (atacante), com 12 passes para gol
Quem mais partidas jogou: Tonny Vilhena (meio-campista) e Steven Berghuis (atacante), ambos com 33 partidas
Copa nacional: eliminado na semifinal, pelo Ajax
Competição continental: Liga Europa (eliminado na terceira fase preliminar, pelo Trencín-ESQ)
Poucas ocasiões simbolizam melhor o que foi a temporada do Feyenoord do que a sequência entre a 19ª e a 20ª rodadas do Campeonato Holandês. Na 19ª, em 27 de janeiro, o Stadionclub viveu um de seus únicos pontos altos na Eredivisie. Com atuações estupendas de Robin van Persie e Tonny Vilhena, o time foi um rolo compressor, chegando a uma incrível goleada: 6 a 2 - desde 1964 o Ajax não levava tantos gols do Feyenoord, na maior rivalidade do futebol holandês. Os Feyenoorders já viam o arquirrival e o PSV com distância na disputa do título, mas uma vitória tão acachapante fazia acreditar que ainda era possível chegar para tentar conquistar o campeonato. Na 20ª rodada, o duelo era um pouco mais fácil: contra o Excelsior, em dificuldades na tabela, "fora" de casa (entre aspas: afinal, o jogo foi em Roterdã). O Feyenoord saiu na frente, mas foi displicente, e tomou o castigo: virada do Excelsior - 2 a 1, com o gol da vitória marcado pelos Kralingers nos acréscimos.
Pois é: sempre que o Feyenoord imaginou poder decolar rumo a coisas mais sérias na temporada, se enrolava. A defesa penou com várias lesões. No gol, o jovem Justin Bijlow teve momentos inconstantes, até falhou (como esquecer o frango no Klassieker do 1º turno?), mas ganhava ritmo de jogo - até quebrar o pé logo no começo do returno, contra o Zwolle (outra derrota, por 3 a 1, na 18ª rodada), dando lugar ao veterano Kenneth Vermeer. No miolo da zaga, só Jan-Arie van der Heijden se firmava: Sven van Beek teve atuações problemáticas, e Eric Botteghin sofreu com as contusões. O mesmo se passou na lateral esquerda: Ridgeciano Haps até começou como titular, mas se machucou muito, e quem ganhou espaço foi o jovem Tyrell Malacia.
Claro, havia os nomes de confiança, aqueles que raramente desapontavam. No meio-campo, Vilhena seguiu como o "motor" do Feyenoord: firme na marcação, veloz nas chegadas ao ataque. Jens Toornstra também era opção válida para o avanço, quando era escalado por Van Bronckhorst. Apenas o velho conhecido Jordy Clasie decepcionou. E no ataque, Robin van Persie justificou por quê é um ídolo histórico em De Kuip: na última temporada de sua carreira, ainda mostrou talento e precisão para ser goleador do Feyenoord na Eredivisie, parando e deixando a torcida com gosto de "quero mais". Pelo menos, Van Persie teve ótimos coadjuvantes: pelas pontas, tanto Steven Berghuis quanto Sam Larsson mostraram velocidade, habilidade, poder de finalização. Mesmo ficando mais no banco de reservas, Nicolai Jorgensen ainda mostrou ser capaz de ajudar - e manifestou isso ao renovar contrato com o clube.
Ainda assim, as várias derrotas desnecessárias do Feyenoord para times menores (a citada queda para o Excelsior, o inquestionável 1 a 0 do Groningen na 22ª rodada, o 3 a 2 do Willem II em pleno De Kuip na 26ª rodada, o 3 a 2 do Utrecht nos acréscimos na 27ª rodada) fizeram o time temer até a perda da terceira posição. Pelo menos, a vitória no jogo direto contra o AZ (2 a 1, na 31ª rodada) e uma sequência de cinco vitórias mantiveram o lugar na tabela. Mas ficava claro: o Feyenoord decepcionara. Sentindo o clima de fim de ciclo, Giovanni van Bronckhorst decidiu encerrar uma passagem marcante como técnico do Stadionclub. E Jaap Stam ganha a maior chance de sua curta carreira como treinador. Para, junto de quem ficar (Jorgensen e Toornstra) e dos novatos promissores que vêm por aí (Malacia, Orkün Kökcü, Wouter Burger, Dylan Vente), tentar impulsionar o Feyenoord e fazer com que ele deixe de ser líder absoluto... do terceiro lugar.
Poucas ocasiões simbolizam melhor o que foi a temporada do Feyenoord do que a sequência entre a 19ª e a 20ª rodadas do Campeonato Holandês. Na 19ª, em 27 de janeiro, o Stadionclub viveu um de seus únicos pontos altos na Eredivisie. Com atuações estupendas de Robin van Persie e Tonny Vilhena, o time foi um rolo compressor, chegando a uma incrível goleada: 6 a 2 - desde 1964 o Ajax não levava tantos gols do Feyenoord, na maior rivalidade do futebol holandês. Os Feyenoorders já viam o arquirrival e o PSV com distância na disputa do título, mas uma vitória tão acachapante fazia acreditar que ainda era possível chegar para tentar conquistar o campeonato. Na 20ª rodada, o duelo era um pouco mais fácil: contra o Excelsior, em dificuldades na tabela, "fora" de casa (entre aspas: afinal, o jogo foi em Roterdã). O Feyenoord saiu na frente, mas foi displicente, e tomou o castigo: virada do Excelsior - 2 a 1, com o gol da vitória marcado pelos Kralingers nos acréscimos.
Pois é: sempre que o Feyenoord imaginou poder decolar rumo a coisas mais sérias na temporada, se enrolava. A defesa penou com várias lesões. No gol, o jovem Justin Bijlow teve momentos inconstantes, até falhou (como esquecer o frango no Klassieker do 1º turno?), mas ganhava ritmo de jogo - até quebrar o pé logo no começo do returno, contra o Zwolle (outra derrota, por 3 a 1, na 18ª rodada), dando lugar ao veterano Kenneth Vermeer. No miolo da zaga, só Jan-Arie van der Heijden se firmava: Sven van Beek teve atuações problemáticas, e Eric Botteghin sofreu com as contusões. O mesmo se passou na lateral esquerda: Ridgeciano Haps até começou como titular, mas se machucou muito, e quem ganhou espaço foi o jovem Tyrell Malacia.
Claro, havia os nomes de confiança, aqueles que raramente desapontavam. No meio-campo, Vilhena seguiu como o "motor" do Feyenoord: firme na marcação, veloz nas chegadas ao ataque. Jens Toornstra também era opção válida para o avanço, quando era escalado por Van Bronckhorst. Apenas o velho conhecido Jordy Clasie decepcionou. E no ataque, Robin van Persie justificou por quê é um ídolo histórico em De Kuip: na última temporada de sua carreira, ainda mostrou talento e precisão para ser goleador do Feyenoord na Eredivisie, parando e deixando a torcida com gosto de "quero mais". Pelo menos, Van Persie teve ótimos coadjuvantes: pelas pontas, tanto Steven Berghuis quanto Sam Larsson mostraram velocidade, habilidade, poder de finalização. Mesmo ficando mais no banco de reservas, Nicolai Jorgensen ainda mostrou ser capaz de ajudar - e manifestou isso ao renovar contrato com o clube.
Ainda assim, as várias derrotas desnecessárias do Feyenoord para times menores (a citada queda para o Excelsior, o inquestionável 1 a 0 do Groningen na 22ª rodada, o 3 a 2 do Willem II em pleno De Kuip na 26ª rodada, o 3 a 2 do Utrecht nos acréscimos na 27ª rodada) fizeram o time temer até a perda da terceira posição. Pelo menos, a vitória no jogo direto contra o AZ (2 a 1, na 31ª rodada) e uma sequência de cinco vitórias mantiveram o lugar na tabela. Mas ficava claro: o Feyenoord decepcionara. Sentindo o clima de fim de ciclo, Giovanni van Bronckhorst decidiu encerrar uma passagem marcante como técnico do Stadionclub. E Jaap Stam ganha a maior chance de sua curta carreira como treinador. Para, junto de quem ficar (Jorgensen e Toornstra) e dos novatos promissores que vêm por aí (Malacia, Orkün Kökcü, Wouter Burger, Dylan Vente), tentar impulsionar o Feyenoord e fazer com que ele deixe de ser líder absoluto... do terceiro lugar.
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