terça-feira, 18 de junho de 2019

Análise da temporada: Willem II

Alexander Isak chegou e apagou qualquer temor de que o Willem II perdesse um homem-gol. Faltou ao time acompanhar o ritmo do ataque (VI Images) 

Colocação final: 10º colocado, com 44 pontos
No turno havia sido: 12º colocado, com 19 pontos
Time-base: Wellenreuther; Dankerlui (Lewis), Heerkens, Meissner e Palacios; Llonch (Anita), Tapia e Crowley; Vrousai, Isak e Pavlidis
Técnico: Adrie Koster
Maior vitória: Willem II 5x0 Heracles Almelo (3ª rodada)
Maior derrota: PSV 6x1 Willem II (4ª rodada)
Principais jogadores: Alexander Isak (atacante)
Artilheiro: Alexander Isak (atacante), com 13 gols - Fran Sol (atacante, que deixou o clube em janeiro), também fizera 13 gols pelo Campeonato Holandês
Quem deu mais passes para gol: Damil Dankerlui (lateral direito) e Daniel Crowley (meio-campista), ambos com 7 passes para gol
Quem mais partidas jogou: Daniel Crowley (meio-campista), que jogou todas as 34 partidas
Copa nacional: vice-campeão
Competição continental: nenhuma

Quando o primeiro turno do Campeonato Holandês terminou, o Willem II foi para os treinamentos da pausa de inverno com uma sensação incômoda: tinha um poderoso ataque, um desempenho ofensivo respeitável, um meio-campo razoável... e ainda assim, não decolava no campeonato. A má sensação ficou pior durante a pausa da Eredivisie: afinal, o espanhol Fran Sol, que vinha sendo a garantia de gols nos Tricolores até então, se foi para o Dynamo de Kiev. Aí houve a dúvida: quem poderia continuar balançando as redes pelo time de Tilburg, mantendo a campanha regular - que vinha evoluindo na Copa da Holanda? Foi então que o sueco Alexander Isak chegou por empréstimo, vindo do Borussia Dortmund. E disse: "Eu!".

O jovem de 19 anos e ascendência da Eritreia se encaixou como luva no meio do ataque. Vieram mais dois gregos, Marios Vrousai e Vangelis Pavlidis. E coube a esses três formarem o "ataque VIP", que manteve o ótimo rendimento do Willem II na frente. Principalmente Isak, claro: bastaram 16 jogos para o atacante fazer 13 gols, justificando os adjetivos promissores com que era qualificado nos tempos de Borussia Dortmund - e até rendendo um prêmio pessoal, com a transferência do sueco para a Real Sociedad. Mas de nada adiantaria ter um ataque hábil e entrosado se não fosse outra boa contratação na pausa de inverno: o volante peruano Renato Tapia, emprestado pelo Feyenoord, que fortaleceu o poder de marcação. E os Tricolores fizeram um returno até melhor do que o primeiro turno, com atuações notáveis fora de casa: foram o terceiro melhor time do campeonato fora de seu estádio, só abaixo de PSV e Ajax - com destaque para o 3 a 2 no Feyenoord, em pleno De Kuip.

Só que a inconstância na Eredivisie (três derrotas seguidas, entre a 19ª e a 21ª rodadas, e quatro vitórias em sequência, entre a 25º e a 28ª rodadas) fez com que o time se mirasse na Copa da Holanda, na qual vinha avançando. E os Tilburgers foram, foram, passaram pelo AZ nas semifinais via decisão de chutes da marca do pênalti, e conseguiram ir à decisão da KNVB Beker, sonhando com o que seria o título mais importante da história do clube na era moderna do futebol holandês. O Ajax acabou com o sonho, com a goleada inapelável na final da copa. E o Willem II ficou sem gás para a reta final da temporada: três derrotas nos últimos três jogos da liga. Num meio de tabela equilibrado, acabou-se o sonho de ir à repescagem por vaga na Liga Europa. Restou aos torcedores tricolores se contentarem com uma temporada elogiável - que poderia ter sido ainda melhor se o time acompanhasse o ritmo do ataque...

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